O que é compostagem e como a prática ajuda o meio ambiente
Você sabia que os resíduos orgânicos que você produz poderiam ter um destino melhor que o aterro sanitário? Sabia que produzir adubo orgânico é muito fácil, e que você pode fazer isso dentro de sua própria casa ou apartamento?
A compostagem é o processo biológico de decomposição e reciclagem de resíduo orgânico. Fungos, bactérias e outros microrganismos são responsáveis por transformar essas matérias orgânicas em adubos e fertilizantes naturais, ricos em nutrientes.
Na natureza esse processo já ocorre de forma espontânea por meio da decomposição de animais e vegetais mortos que são transformados em húmus. Observando o que acontece na natureza, o ser humano aprendeu a realizar esse processo de forma controlada e consegue replicá-lo em empresas, condomínios e, até mesmo, dentro de casa.
A compostagem
Para que ocorra a compostagem, precisa existir um equilíbrio entre materiais secos, ricos em carbono (serragem, folhas secas, palha) e úmidos, ricos em nitrogênio (restos de comida, casca de frutas, borra de café). Essa combinação é fundamental para o sucesso do processo, uma vez que os elementos são utilizados pelos microrganismos para metabolizar os materiais.
Uma composteira é constituída basicamente de três caixas ou baldes empilhados.
E como funciona?
Os materiais secos e úmidos precisam ser misturados e intercalados. Quando a primeira caixa estiver completa, invertemos as caixas e passamos a alimentar a segunda caixa. Após cerca de 2 meses, seu adubo estará pronto para ser usado!
Tipos de compostagem doméstica
A compostagem doméstica pode ocorrer de duas formas. São elas:
Vermicompostagem: utiliza, principalmente, minhocas no processo. As minhocas se alimentam da matéria orgânica presente na composteira, o que acelera a decomposição dos resíduos. Além disso, elas também formam “túneis” no composto, o que facilita a oxigenação do mesmo.
Compostagem seca: Não utiliza minhocas. Todo o processo é realizado apenas por microrganismos, por isso é mais lenta que a vermicompostagem.
Resíduos que podem ir para a vermicompostagem
É importante estar atento aos tipos de materiais que serão depositados na composteira com minhocas. Não são todos os resíduos orgânicos que são apropriados para a vermicompostagem, alguns podem colocar todo o processo a perder.
Podem ser colocados: legumes e verduras, frutas, casca de ovo, borra e filtro de café, sachê de chá e grãos e sementes.
Não podem ser colocados: carnes, temperos fortes (alho, pimenta e cebola), óleos e gorduras, fezes de animais. Deve-se evitar excesso de cítricos e alimentos cozidos.
Como a compostagem ajuda o meio ambiente
Segundo dados do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, cerca de 52% de resíduos produzidos no Brasil são de materiais orgânicos. Normalmente, são destinados a aterros sanitários e não possuem o tratamento adequado.
A compostagem é uma forma de reduzir a quantidade de resíduos que vão para esses espaços e garantir um manejo correto para esses materiais. Além disso, o processo evita a produção de gás metano, que é um gás do efeito estufa, nocivo ao ambiente e tem como produto um adubo natural, rico em nutrientes, que pode ser utilizado para fertilizar o solo.
Compostagem no Mendel
Como parte das medidas adotadas para o projeto Lixo Zero, o Colégio Agostiniano Mendel investiu em composteiras e baldes para o armazenamento e compostagem de resíduo orgânico. Por mês, cerca de mil quilos são enviados à compostagem. Uma parte dos nossos resíduos orgânicos é compostada dentro do próprio colégio, e outra é enviada para compostagem externa, realizada por uma empresa parceira.
O adubo e o biofertilizante resultantes dessa compostagem são utilizados para adubar nossos vasos e jardins e doado para a comunidade escolar.
E o impacto disso tudo?
Só de outubro a dezembro de 2022, o Mendel deixou de produzir cerca de 1.807,89 Kg de gases de efeito estufa por meio da compostagem. Esse número é equivalente aos gases emitidos em 19 viagens, ida e volta, de São Paulo ao Rio de Janeiro, de avião.
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